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À prova de água

 

Aos assessores do nosso Primeiro-ministro, segundo este próprio afirmou na última Cimeira Ibero-americana, para seu uso basta o muito nosso computador Magalhães, assim baptizado como Fernão, o grande navegador, também nosso, um ibero-americano dos sete costados, nascido portuguesmente em Trás-os-Montes e Alto Douro.

 

Segundo Sócrates, os seus próprios assessores não precisam de outro, não sei se porque fazem, veloz e certeiramente, as contas do dia-a-dia, mais as dos dias em que muitos de nós já cá não devemos estar, porque simplesmente, as fazem a olho, como, para nosso não informatizado espanto, fartas vezes chega a parecer.

 

Ainda segundo ele, o computador foi concebido para crianças, dos sete aos setenta e sete, e foi testado ao choque por Hugo Chávez, o robusto Presidente da Venezuela, que violentamente atirou um ao chão sem que este, pasme-se, se tenha partido!  

 

Mas Magalhães resiste também aos líquidos. Sócrates não mencionou quais, mas admito, sem maldade nem segundas intenções, que, ou se está a falar da baba escorrida das bocas dos miúdos compreendidos naquela ampla faixa etária, ou da água que, persistentemente e há longos anos, vem correndo, em torrentes cada vez mais impetuosas e assustadoras, pelas nossas escolas, fazendo-as andar à deriva.   

 

 

 

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     O computador Magalhães e a lata de Sócrates

 

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