O poder, afinal, também mata
Um dos nossos novos ministros foi um destes dias assaltado por jornalistas a propósito do pedido de ajudas à União Europeia para minorar os efeitos desta seca que dramaticamente está a assolar, especialmente, o sul do país.
De um ministro admite-se, e infelizmente até já se espera, que faça erros políticos, mas não se espera nem se admite que cometa crimes gramaticais, muito menos quando eles são demasiado graves.
Fosse ele o da Cultura ou o da Educação e até eu não estava para aqui a escrever pois, das três uma: ele tinha “salazaristicamente”, de pronto, sido demitido, um novo acordo ortográfico sub-repticiamente havia entrado em vigor e, finalmente, eu estava a ficar cada vez mais surdo.
Já se sabe, e tal deve oficialmente estar registado em acta, que o verbo haver está cheio de armadilhas que apanham muita gente, indiscriminadamente, boa e má. Maldito verbo!
Há que convir que uns tantos outros não são menos traiçoeiros e que temos urgentemente de intervir.
Duvido que “possa-mos”. Ou possamos?
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Uma calinada de Jaime Silva, Ministro da Agricultura, acabadinho de tomar posse no primeiro governo de Sócrates.